segunda-feira, 29 de agosto de 2011

TECENDO O MUNDO DA LEITURA NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL MARIA PESSOA SALES

RESUMO

Este trabalho visa ressaltar a importância do desenvolvimento da leitura nas séries iniciais do ensino fundamental, uma vez que ela está interligada a nossa vivência sendo capaz de interferir na nossa vida de maneira geral.
Pois o ato de ler constitui uma tarefa permanente que enriquece com novas habilidades na medida em que se manejam adequadamente textos cada vez mais complexos. Assim a aprendizagem da leitura, não restringe ao primeiro ano de vida escolar, pois essa leitura é simplesmente uma decodificação, atualmente, sabe-se que aprender a ler é um processo que desenvolve ao longo de toda escolaridade e de toda a vida.
Portanto para desperta o interesse do aluno com a leitura é preciso que os procedimentos sejam adequados para alcançar uma aprendizagem eficaz incluindo assim um breve estudo teórico sobre essas temáticas e analisar as dificuldades que os alunos apresentam ao desenvolverem as habilidades de ler e escrever.
Por isso é fundamental abordar o papel da escola na formação de leitores competentes e também fazer com que eles tenham gosto e prazer pela leitura, isso enfoca em uma metodologia diferente enfatizando o uso de textos e outros métodos na sala de aula.
Dessa forma constituem mudanças efetivas no meio sócio econômico e cultural em que estão inseridos os alunos. Diante desse contexto foi feito uma observação e um questionamento na Escola na Escola Maria Pessoa Sales para entender como se dá o processo da leitura nas series iniciais. De maneira que pudesse analisar as atividades desenvolvidas pelos professores que visam despertar o aluno para a concepção da leitura como elemento principal na sua vida cotidiana.

PALAVRAVA CHAVE: Leitura, desenvolvimento, interesse, despertar, prazer.
1    Introdução

Ao longo do tempo e em diferentes meios sociais variam os tipos de leitores projetados pela sociedade e cultivados pela escola, e o nosso país tem mudado muito o quadro de pessoas instruídas ou letradas. Porém, no final da segunda guerra mundial, mais da metade da população brasileira era analfabeto e vivia em áreas rurais. E esses analfabetos não podiam votar, ou seja, não exerciam o seu papel de cidadão, sendo tratados como um ser sem valor para a sociedade, pelo fato de não saberem ler e nem assinar o seu próprio nome. Com o passar dos anos, muitos vieram morar nas cidades crescendo assim as taxas de urbanização e industrialização, e aumentando o numero de crianças matriculadas nas escolas. Mesmo com evolução dos tempos, ainda se luta para que os cidadãos possam ter um bom rendimento na leitura e escrita, tornando-os capazes de obter, transmitir informações, se comunicar e registrar fatos.
O presente trabalho tem como finalidade analisar o processo de leitura nas séries iniciais do Ensino Fundamental na Escola Municipal Maria Pessoa Sales, localizada no Loteamento Sales em Santo Antonio de Jesus-BA, destacando sua importância no exercício da cidadania. Neste sentido buscamos aqui lançar alguns questionamentos relacionados à temática que são vivenciados pela maioria das escolas. Sabemos que é de fundamental importância o valor da leitura no dia-a-dia do individuo, e é na educação que vamos encontrar a solução para diminuir ou acabar com o índice de pessoas analfabetas, além de ampliar os saberes daqueles que não conseguem interpretar o que estar lendo, ou seja, o analfabeto funcional.
Como realmente está sendo desenvolvida a leitura nas escolas e porque as pessoas apresentam tanta dificuldade em aprender a ler? Quais os procedimentos pedagógicos utilizados para a resolução desse problema?  Porque a sociedade atual vem criticando a leitura das pessoas? De que forma a tecnologia influência no aprendizado?
Geralmente a dificuldade com a leitura está associada à cultura do individuo, ou seja, muitos não tiveram a oportunidade de conviver num ambiente alfabetizador, e seus pais muitas vezes, não tinham conhecimentos a cerca deste processo, portanto apresentam muita dificuldade, ou não gostam de ler. Outra situação complicada é que muitos professores não dominam as técnicas necessárias para o trabalho de alfabetização, e acaba avançando o aluno mesmo sem ele apresentar o domínio da leitura propriamente dita, mas isso não é bom. Sem contar que muitos dos profissionais de educação ainda não se encontram preparados para trabalhar com o auxílio de recursos eletrônicos, necessitando assim de uma capacitação voltada para este aspecto e muitas vezes a escola não dispõe desses materiais e cabe ao professor apenas o uso de recursos costume. O que antes era interessante deixou de ser interessante hoje.
Ao analisar o tema em questão foi possível perceber que as hipóteses encontradas no processo de leitura são oriundas de: falta de inovação da prática, ausência de uma Formação Continuada para os profissionais, falta de recursos voltados ou não para a tecnologia, salas superlotadas, falta de ajuda dos pais para que o trabalho possa fluir melhor.
Atualmente com a modernização de produtos tecnológicos onde os livros e o quadro passam a ser maçantes, as crianças sentem bem mais prazer em se dedicarem aos jogos atuais, sites divertidos no computador, apresentando descaso com relação à leitura.
A participação do professor neste processo conta muito, pois o processo o qual a criança percorre para compreender a leitura envolve uma série de experiências como materiais diversificados e atividades capazes de sensibilizá-las para agir. O nosso mundo a leitura está por toda parte, repleta de estímulos das, mas variadas fontes. É no ato de ler praticado por lazer ou necessidades de acordo com as demandas sociais, que o indivíduo se torna um ser ativo e partícipe da sociedade como um todo. Além disso, a leitura possibilita apropriação da língua escrita e falada, dando acesso ao universo de textos e conseqüentemente o acesso às informações que circulam na sociedade atual,
A participação do professor neste processo conta muito, pois o processo o qual a criança percorre para compreender a leitura envolve uma série de experiências como materiais diversificados e atividades capazes de sensibilizá-las para agir. O nosso mundo a leitura está por toda parte, repleta de estímulos das, mas variadas fontes. É no ato de ler praticado por lazer ou necessidades de acordo com as demandas sociais, que o indivíduo se torna um ser ativo e partícipe da sociedade como um todo. Além disso, a leitura possibilita apropriação da língua escrita e falada, dando acesso ao universo de textos e conseqüentemente o acesso às informações que circulam na sociedade atual, sendo ele capaz de dar significado ao mundo e transformar a sua própria realidade.
Ensinar a ler não é uma tarefa fácil, devido ao ritmo de aprendizagem que varia de acordo com as experiências dos alunos em relação à leitura. Ainda existem as salas super lotadas, o que dificulta ainda mais este processo. Ler é uma atividade que necessita de estímulos, pois envolve a conjugação de uma grande variedade de ações, admitindo até mesmo a interferência de atividades, não propriamente específicas do ato de ler, mas que está implicada toda a vez que se utiliza a linguagem. Então, vale ressaltar que a linguagem é vista como instrumento propiciador de transformação tanto educacional quanto político e social. Portanto, saber ler não é apenas conseguir decodificar ou traduzir automaticamente os símbolos, mas mobiliza um conjunto de estratégias, fazendo interagir em diversos níveis de conhecimento para construir significados, dando acessos aos saberes lingüísticos necessários para mudança de vida e melhor atuação na sociedade.
A perspectiva deste trabalho é levantar dados em relação à leitura, a qual atualmente vem se revelando de maneira insuficiente para atender ás necessidades do mundo atual. Freqüentemente ouvimos falar e também falamos sobre a importância da leitura na nossa vida, sobre a necessidade de cultivar este hábito entre crianças e jovens, pois a leitura é um momento em que podemos conhecer a forma de viver, pensar e agir de acordo com os valores, costumes e comportamentos de outras culturas. Assim o ensino da leitura deve garantir a interação significativa e funcional das crianças com a língua escrita, como meio de construir os conhecimentos necessários. 
A partir do campo estudado, foi possível analisar informações através de pesquisas e questionamentos aos professores, a fim de coletar dados e conhecer como se dá o processo de leitura trabalhado com os alunos da referida escola.
Além dos questionamentos realizados, houve entrevistas, coleta de dados, pesquisas na internet em sites educacionais revistas, livros de autores como Paulo Freire, Emilia Ferreiro, Souza, Marisa Lajolo, Lener, Solé e Moacir Gadotti, sendo que todos esses teóricos tem uma linha de pensamento diferenciada, mas apresentam o mesmo objetivo, ou seja, buscam estudos a cerca de uma aprendizagem significativa, fazendo que cada professor perceba a importância da leitura para as crianças, tendo o propósito de alcançar patamares satisfatórios de ensino educacional, por isso esses teóricos mostram prática e possibilidades de estabelecer novas relações e condições de educabilidade, assim eles demonstram em seus textos que a epistemologia possibilita a abertura no cognitivo e a interação para gerar a compreensão do saber. Essas contribuições partindo dos teóricos contribuíram bastante para identificar a ação dos professores através de algumas metodologias utilizadas para desenvolvimento da leitura. Com tudo, foi possível realizar valiosas leituras podendo implementar conhecimentos através de questionamentos e observação sendo constatado o desempenho de cada profissional dessa escola em prol ao crescimento do aprendizado de todo alunado e assim sentindo um grande prazer em observar a prática pedagógica que é utilizado no desenvolvimento da leitura neste âmbito.
Por isso os dados que foram coletados na pesquisa de campo foi analisado numa perspectiva de fornecer elementos para a construção deste trabalho monográfico que é composta de cinco capítulos. Onde irá mostrar que a prática pedagógica da escola prioriza a linguagem enquanto instrumento de transformação, e a leitura como um grande norte para a formação do homem como um ser global, participativo, social inserido na civilização moderna com o perfeito domínio dos símbolos da comunicação humana.

2  COMO ESTAR SENDO DESENVOLVIDA A LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS

Sabemos que a sala de aula é o caminho para o futuro aonde a aprendizagem vai se desenvolvendo, em diferentes atividades pedagógicas.
Daí o professor com seus questionamentos individuais ou coletivos representam o ponto de partida para um novo desafio novas descobertas. Freitas (1986, P. 35), diz que: “não a sonegação de informações, pois se compreende que as informações podem ser fontes ricas para os alunos pensarem sobre a língua falada, colaborando na estruturação e reestruturação de hipóteses de seu funcionamento”.
Por tanto, a intervenção do professor tem grande importância, desde que não impeça o raciocínio dos alunos e sim desafie sempre as novas buscas.
Esse relacionamento direciona as posturas do professor e do aluno no processo pedagógico, na perspectiva de uma autoridade docente democrática, baseada no compromisso com a aprendizagem de todos. Por isso as escolas juntos com o PGE Programa de Gestão Escolar vem modificando suas metodologias na prática de ensino, onde o mesmo oferece instrumentos que favorecem o enriquecimento da leitura em todas as turmas da instituição escolar.   
Pois todo trabalho se reveste na necessidade de trazer informações, comparações das produções escritas, lavamento de hipóteses a respeito do funcionamento da língua falada e discussões sobre essas hipóteses.
Sempre coube ao professor o papel de iniciar a leitura e de estimulara prática de ler junto com os alunos que apresentam dificuldades.
Assim, podemos dizer que a prática de leitura não é só uma cópia de pais e mestres feitos pelo aluno, mas, vai além, é juntar letras, forma palavras, criar frases e finalmente um texto sendo capaz de interpretá-lo e desenvolve-lo, pois para o aluno estar completamente envolvido pela leitura é preciso encontrar significado no que estar fazendo. Portanto

A condição básica é fundamental para um bom leitor na escola é a de restituir-lhe seu sentido de prática social e cultural de tal maneira que os alunos entendam a sua aprendizagem como um meio para aplicar suas possibilidades de comunicação, de prazer, de aprendizagem e se envolvam no interesse por meio de compreender a mensagem escrita” (COLOMER, 2002, P. 90).

Essa prática social faz com que as crianças desde cedo precisam manter contato prazeroso com livros de literatura infantil, por isso é importantíssimo uma biblioteca para que elas possam usufruir de seus benefícios e de sua imaginação. A leitura convoca o exercício de pensar e de se encontrar.  Por isso é indispensável à consolidação de uma biblioteca ou um cantinho de leitura com acervo atualizado, fazendo-as recuperar a experiência de ouvir contos, fábulas, lendas, que podem oferecer mudanças imaginativas, animismo, pois nessa fase do seu desenvolvimento, a criança é essencialmente suscetível a fantasia.
Na, escola uma prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela pode ampliar a visão do mundo e inferir o leitor na cultura letrada, estimulando o desejo de outras leituras. A prática de leitura possibilitada também à vivência     de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação, permitindo assim a compreensão do funcionamento comutativo da escrita, de forma, que aluno possa escrever para que seja lido.
Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura, aproximando o leitor dos textos e os tornando familiares com condição para uma leitura fluente e para a produção de textos. Possibilitando assim, produções orais, escritas e em outras linguagens, informando como escrever. Incentivando o leitor estudar e compreender a relação existe entre a fala e a escrita, favorecendo a aquisição de velocidade na leitura e conseqüentemente a estabilização de formas ortográficas.
Segundo Wallon (2005, P.63-64), acredita que:As emoções podem ser consideradas, sem dúvida, como a origem da consciência, visto que exprimem e fixam para o próprio sujeito, através do jogo de atitudes determinadas, certas disposições especificam de sua sensibilidade. Porém, elas só serão o ponto de partida consciência pessoal do sujeito por intermédio do grupo, no qual elas começam por fundilo e do qual receberá as fórmulas diferenciadas de ação e os instrumentos intelectuais, sem os quais lhe seria impossível efetua as distinções e as classificações necessárias ao conhecimento das coisas e de se mesmo.
Pois a prática da leitura na escola é, sobretudo, necessária, para que os alunos possam se tornar cidadãos críticos e transformadores da história desse mundo globalizado. Pois a prática da leitura na escola Maria Pessoa Sales propicia aos alunos caminhos para que eles aprendam, utilizando uma metodologia voltada para os desempenhos do mesmo de forma consciente e consistente, nos mecanismos de apropriação do conhecimento é, sobretudo, necessária, para que os alunos possam se tornar cidadãos críticos e transformadores da história desse mundo globalizado.

1.1      COMO SE APRENDE A LER

Como se aprende a ler? Pode ser uma aprendizagem de natureza perceptual e motora ou de natureza conceitual. O ensino estar baseado no reconhecimento e na cópia de letras, sílabas e palavras.
Em razão a esse pressuposto, alguns educadores receiam a antecipação de práticas pedagógicas tradicionais do Ensino Fundamental antes dos 6 (seis) anos, trabalha com a leitura de maneira lúdica para dar prazer de realizar atividades, com novas linguagens (músicas, brincadeiras, desenhos, etc). Por meio da leitura infantil, as crianças recebem informações sobre a escrita quando elas desenvolvem as seguintes atividades: brincar com sonoridade das palavras reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos manuseiam todo tipo de material escrito, a exemplo de revistas, livros de historias, etc.
A Educação das séries iniciais são etapas fundamentais do desenvolvimento escolar das crianças, ao democratizar o acesso a leitura  isso contribui para minimizar diferenças socioculturais.
Para despertar a leitura nos alunos, é preciso que participem de ato desde o início da escolarização. Se a Educação fundamental das séries iniciais cumprirem as suas fusões, envolvendo as crianças em atividades que os façam pensar e compreender a leitura até o final dessa etapa, eles estarão naturalmente alfabetizados ou aptos a dar passos mais ousados em seus papéis de leitores e escritores.
Ao refletirmos sobre o ato de escrever, devemos enfatizar as idéias que tudo aponta para a nossa sociedade de aprendermos a escrever, a partir do que lermos, ou seja, aprender a pensar, buscando encontrar idéias numa seqüência lógica e organizada, pois não se produz algo que não tenha sido fruto de sua reflexão.
              Por fim, cabe-nos ressaltar a importância de conexão entre os elementos leitura e produção textual, tendo como articular dinâmico, o trabalho lúdico pois este é um meio falicitador que culmina por viabilizar a maneira fácil e prazerosa de produzir um texto.   
É fundamental importância, o hábito de ler nas séries iniciais e para que isso aconteça é necessário que a escola, professor, comunidade, aluno e família caminhem junto. A leitura se baseia no desejo e no prazer, por isso, para formarmos bom leitores devemos ter paixão por leitura.
Hoje a necessidade de ler é fato presente no cotidiano de todos os povos, no entanto não há leitura sem leitor. Ela nos enleva em ação libertadora e criativa, ao mesmo tempo em que provoca cada um de modo diferente, pois um texto nunca é o mesmo para todos que o lêem.
Uma boa leitura é como uma música que se vivencia.
A arte da palavra é a leitura do imaginário e se caracteriza por um certo grau de imprevisibilidade dos acontecimentos... As emoções que experimentamos quando estamos no universo do livro são únicas. 
É necessário, portanto propiciar nas salas de aulas e na biblioteca a dinamização da cultura vivida, diversificada e criativa que representa o conjunto de forma de pensar, agir e sentir da nossa gente, suas crenças, expectativas e esperanças. Quando o professor trabalha a leitura de forma eficiente, a sala de aula passa a ser um espaço de variedade de sujeitos, de objetivos de leitura e de praticas culturais. O trabalho literário, além de contribuir para a formação de leitor, representa à única oportunidade de ler que muitas crianças têm.
Alguns fatores têm importância decisiva para o sucesso com leitura. O primeiro dele é o fator pessoal que aponta a atitude do professor diante do livro. O seu entusiasmo pode contagiar a classe e fazer o aluno “viajar” com o livro. Ao ler ou contar uma história, precisa tocar a imaginação dos alunos e ir além, precisa saber como usar a voz, a expressão corporal, o ritmo e gesto a fim de prender a atenção das crianças pelo encantamento e pela fantasia.
Outro fator importante é o livre acesso aos livros. Os alunos devem contar com um cantinho especial na sala de aula, onde livros, jornais, revistas, embalagens, etc. possam ficar expostos de forma a permitir-lhe fáceis manuseios.
Ler ou contar histórias é uma atividade que desenvolve no aluno a capacidade de ouvir. É fundamental saber escolher bem a história que vai levar para os alunos. O conteúdo deve estar ligado aos assuntos que as crianças conhecem e de seu interesse, respeitando a leitura local, faixa etária, gênero, posição social que enriqueçam suas experiências.
O aluno, ao adquirir o hábito de ler contos e histórias, assume o compromisso de aprender, opinar e intera-se, tornando-se capazes de superarem as suas próprias dificuldades.
Para que os alunos descubram, o significado desse objeto de conhecimento a leitura é preciso deixar de lado uma alfabetização baseada num inicio instrumento de trabalho, a cartilha e transformar a sala de aula num espaço que possibilite contato dos alunos com os mais variados tipos de texto que circulam ao seu redor, isto é: livros, revistas, jornais, literatura infantil, etc. Assim as crianças podem descobrir a funcionalidade da escrita e conseqüentemente a razão de ser da sua aprendizagem.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua portuguesa (2001, P. 53), a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor de tudo o que sabe sobre a língua.               

1.2      A FORMAÇÃO DO LEITOR

A leitura é um instrumento de estudo muito importante e uma habilidade essencial no mundo de hoje, além de ser um instrumento para o estabelecimento das relações sociais. Em nossa sociedade, a participação social é intensamente medida pelo texto escrito e os que dela participam devem se apropriar não apenas de suas convenções lingüísticas mas, também, devem aprender como usar a leitura em contextos diversos.
A formação de um leitor competente supõe formar alguém que compreende o que lê, e que aprenda a fazer outras leituras envolvendo outros códigos. Percebe-se que a pessoa que não lê, não envolve a habilidade de escrever, pois o domínio de uma depende da outra.
Ler, escrever e organizar o pensamento tem uma importância evidente por compreender que é através do uso dessas habilidades no dia a dia que nos leva a conhecer outras realidades, criando um senso estético e ético. Ademais, o vocabulário é ampliado oferecendo assim, possibilidades de acesso a outros saberes, nos concedendo, também, a capacidade de organizar o pensamento, organizando a nossa própria vida.
Para aprender a ler, portanto, é preciso interagir com diversidades de  textos, principalmente os textos da literatura infantil. Através da utilização desse tipo de texto, pela sua natureza prazerosa, a formação de leitores ocorre com maior facilidade e os alunos participam de atos de leitura em situação reais de aprendizagem.
Ler é uma forma de crescimento humano dentro e fora da escola, em que o aluno descobre a si, os outros e o mundo. Para que os alunos aprendam a Ler, é preciso que se defronte com os escritos que são utilizados no dia-a-dia. Segundo Ruth Rocha (2003, P. 51), ela coloca que: (...) a leitura é preciso imprescindível, no mundo moderno, ainda mais. O que vai fazer o Brasil progredir a valorização, do próprio aluno, do professor, enfim, de tudo que signifique conhecimentos.
A leitura como prática social é um meio de troca de informações e experiências entendendo que o ato de ler deve ser realizado como resposta a um objetivo ou resposta a uma necessidade pessoal. O livro de leitura é considerado um livro da imaginação do “Era uma vez...”, mais tem um grande fluxo de informação, além de uma grande carga de emoção.
Os livros têm suas mensagens ali registradas e cada leitura permite uma viagem diferente, motivada pela maturidade do leitor no momento. E que gosta de ler acaba se apaixonando por esse objeto fantástico que é o livro.
O bom leitor não faz por acaso. Quase sempre é formado na infância, através do contato com a leitura infantil. A obra literária apresenta uma série de indicações em potencial, que o sujeito se atualiza no ato da leitura. A informação que oferece é imediata e restritiva valendo apenas para uma situação definida. O texto literário é plurissignificativo, permitindo leituras diversas justamente por seus aspectos em aberto.
A riqueza polissêmica da leitura é um campo de plena liberdade para o leitor, fornecendo ao leitor um universo muito mais carregado de informações, porque leva a participar ativamente da construção dessas. Com isso, o aluno é forçado a reexaminar a sua própria visão da realidade concreta.
Aguiar Teixeira (1988, p. 14) acrescenta que a leitura, desse modo, se torna uma reserva de vida paralela, onde o leitor encontra o que não pode ou não sabe experimentar na realidade. Graças a esta característica que obra literária captura o seu leitor e o prende a si mesmo, ampliando assim as suas fronteiras existências sem oferecer os ricos de aventuras reais.
Por tanto a formação do leitor é muito importante atribuindo a escola, a função e a responsabilidade de garantir a todos seus alunos, a cesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania, direitos inadiáveis de todos.
  
3       O PRAZER E O ENTRERESSE PELA LEITURA

O prazer da leitura é uma aquisição de novos conhecimentos, que desenvolvem habilidades de forma natural e agradável uma vez que, através da leitura é possível formar indivíduos com autonomia, motivados para muitos interesses e capazes de aprender com mais felicidades.
Sendo pelo prazer da leitura uma alternativa de viabilizar propostas que proporcione o indivíduo um bom desenvolvimento motor, social, emocional, cognitivo, o prazer e o interesse pela leitura propiciam entre o lazer o processo educativo.
É preciso considerar que a propostas de trabalhar como a leitura é como um canal viável dando o prazer de lê em busca do saber integrado no qual, a leitura torna-se importante e prazerosa.
Ao falamos do prazer pela leitura precisamos entendê-las não apenas como uma decodificação de signos lingüísticos feitos por indivíduos que teoricamente passaram pelo procedimento de alfabetização. Ver além das palavras um processo mais amplo de leitura. Processo esse, que busca no indivíduo o seu conhecimento de mundo para realizar inferências no texto a partir de seu contexto.
Ao decifrar o sentido de uma palavra cabe ao leitor trazer o seu conhecimento e ampliar um leque de possibilidades, proporcionando a esse indivíduo atividade onde ele possa se sentir parte integrante de uma ação efetiva na sociedade, em que vive.
Todo indivíduo possui um contexto em que está inserido, e é a partir desse que as expressões do prazer de ler terão forte influencia para o cotidiano.
Visto que a linguagem e realidade se relacionam dinamicamente, demonstra de maneira clara, a importância que o leitor tem de busca o seu conhecimento de mundo e as inferências necessárias para transformar essas informações em significativas para si. Comprova que através da leitura e a escrita de textos haja uma visão critica, onde o individuo pode tecer uma ligação entre a realidade em que vive e o saber adquirido.
A consciência de si. Comprova que através da leitura e escrita de textos haja uma visão escrita, onde o individuo pode tecer uma ligação entre a realidade em que vive e o saber adquirido.
A consciência de si e do que está lendo e aprendendo transforma o indivíduo em um ser que pensa no que está lendo e age a partir desse conhecimento. Ele deixa ser um mero transmissor de conhecimentos adquiridos pra ser um agente transformador de sua realidade levando outros para uma consciência crítica. 
Segundo freire (1997, p.11) afirma que:

“A leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindi da comunidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto”.

Pois a compreensão é vista a partir da diversidade de leituras realizadas pelo individuo que ele pode iniciar o seu processo de produção textual, no qual o papel do professor nesse contexto é criar oportunidades que permitem o desenvolvimento de tais produções.
Não podemos aprofundar essa discussão acerca da importância da produção textual sem fazermos menção à leitura e a escrita uma vez que ambas estão vinculadas. Na inquisição do código lingüístico que deve supor ainda, além da leitura e escrita, pois é lendo que se aprende a escrever.
Quando aprendemos a ler com prazer e interesse a leitura é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade, a leitura favorece a remoção das barreiras educacionais que tanto se falam em palestras e seminários sobre Educação.
A leitura foi outrora considerada simplesmente um meio de receber uma mensagem importante. Atualmente, através de inúmeras pesquisas lingüísticas sugiram do ato de ler com a ampliação do desenvolvimento do raciocínio do individuo.
As séries iniciais é uma etapa mais importante na educação formal do aluno.Pois  a leitura exerce papel fundamental para o desenvolvimento efetivo, intelectual e social da criança. É através da leitura que a criança desperta para a vida, encontrando varias opções para buscar seu espaço na sociedade.
Para desperta o prazer e o interesse pela  leitura dos alunos precisamos utilizar a literatura infantil nas séries iniciais por ter um caráter lúdico. Com isso, o aluno será capaz de contar e recontar o que leu.
Ler é uma forma de exemplar aprendizagem. Estudos psicológicos revelam o aprimoramento da capacidade de ler também redunda na capacidade de aprender como um todo, indo muito além da mera recepção. A boa é uma confrontação, crítica com os textos e as idéias do autor.    
Professores, pais e pedagogos precisam estar seriamente convencidos da importância da leitura e dos livros para vida social, cultural e particular do sujeito, se quiserem contribuir para sua formação.
A pesquisa sobre a leitura é um dos ramos mais jovens da ciência, projetou nova luz sobre seu significado, não só em relação às necessidades da sociedade, mas também, sobre a visão do sujeito leitor.




3.1   A FORMÇÃO DO HÁBITO DE LER

Desenvolver o habito de ler é essencial a todo e qualquer sujeito o exercício de sua cidadania, além da necessidade de estar constantemente antenado e conectado com o mundo por meio de várias outras formas comunicativa, sendo possível ler tudo, e escrever vários assuntos.
Uma leitura prazerosa é uma prospectiva de fornecer ao leitor uma dimensão maior e mais enriquecedora da realidade. Neste sentido, a Literatura Infantil consiste numa área de inegável relevância dentro dos estudos literários, essencial a formação do hábito da leitura. É fato conhecido que várias gerações têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a incapacidade de fazê-lo coerentemente, compreendendo um texto em profundidade, o que inegavelmente imita o indivíduo em suas possibilidades de acesso aos conhecimentos culturalmente construídos.
Portanto, á uma preocupação dos pais e da escola, em todos os níveis buscar maneiras de estimular, mais do que a capacidade de ler, o prazer da leitura poderemos construir as competências necessárias para sua apreensão e produção. Pensadores como Paulo Freire apontam par o conhecimento de que a leitura do mundo procede sempre à ‘leitura da palavra escrita implica na ampliação da possibilidade de leitura do mundo.
Ler é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais como momento, lugar e circunstâncias. É interpretar uma percepção sob as influencias de um determinado contexto.
Esse processo leva o individuo a uma compreensão particular da realidade. Essa perspectiva de ordem cognitiva sociológica concebe a leitura como um processo de compreensão abrangente. Sua dinâmica envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como cultuais, econômicos e políticos.
Na leitura, através dos sentidos, a criança é atraída pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio fácil e pelas possibilidades emotivas que o livro pode conter.
Para desempenhar essa função, a escola se utiliza, basicamente de um material determinado e de profissionais encarregados de instruir o uso desse material. Na formação do leitor é imprescindível que a criança conheça os livros de caráter estético, diferentes dos pedagógicos e utilitaristas, usados na maioria das escolas. O livro estético (ficção ou poesia) proporciona ao pequeno leitor oportunidade de vivenciar a história e as emoções colocando a capacidade de imaginação das crianças e permitindo-lhes uma visão mais crítica do mundo.

A importância da obra de ficção na escola é problematizadora por Zilberman (1985, p. 22), que vê na natureza formativa um aspecto em comum entre a leitura e a escola. A autora salienta que a literatura tem “amplos pontos de contato” com o cotidiano de leitor, independente da fantasia do leitor e da discrepância do contexto em que uma obra é concebida, mantém-se a comunicação com o destinatário atual. As obras de ficção ajudam o leitor a conhecer melhor seu próprio mundo.

              A autora afirma que o caráter formador da leitura  é diferente de uma função pedagógica. Enquanto o pedagogismo se empenha em ensinar, num sentido positivista, transmitindo conceitos definidos, a ficção estimula o desenvolvimento da individualidade. A criança (ou leitor em formação) terá mais estímulo imaginativo com a ficção do que na recepção de postulados que devam ser decorados.

A linguagem que constrói a leitura apresenta-se como mediadora entre a criança e o mundo, propiciando um alargamento no seu domínio lingüístico e preenchendo o espaço do fictício, da fantasia, da aquisição do saber. Vista assim, a produção literária para a criança não tem fronteiras. Ela desvela o maravilhoso, o ilimitado, o maleável, o criativo universo explora a poesia, suscita o imaginário.

Segundo Vasconcelos (1985, p. 19), “tirar da criança o encanto da fantasia pela arte, particularmente e a arte do desenho, da forma das cores e a Literatura (que representa todas), é sufocar e suprimir toda a riqueza de seu mundo interior”. O problema está em saber escolher o que se oferece a essas crianças. E então sentimos a grande imprescindível necessidade de conhecer a Literatura que se identifica com a criança e despertar sua curiosidade estética, sua vida artística.   

3.2    A LEITURA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO E PRAZER

Ler é uma fonte de crescimento humano na escola e fora dela, em que o aluno descobre a si, os outros e o mundo. E, sobretudo, é uma forma de descoberta das palavras. Desde muito pequena as crianças observam a escrita a sua volta e pesam sobre o que ela representa. Para desperta o interesse da criança pela leitura, muita coisa pode ser feita pela família e pela escola e é o dever de todo professor, desde a Educação Infantil, incentivar o desenvolvimento de comportamentos leitores antes mesmos da turma aprender formalmente a ler. Comentar ou recomendar alguns textos, compartilhar a leitura de um livro, confrontar idéias e opiniões sobre notícias e artigos com outras pessoas tudo isso ajuda estabelecer gosto pela leitura. Contar histórias é o prazer de entra em um mundo imaginário, o conto de historias na infância pode ser a chave para um bom aprendizado escolar. O mundo do faz-de-conta é o meio encontrado pelo aluno para alcançar a comunicação espontânea e direta cm leitor mirim. E que, colocado lado a lado com a fantasia do adulto, anula as barreiras geralmente impostas entre adultos e crianças.  

Criar, recriar-se imaginando o sentido profundamente a realidade que a literatura deve reconstruir de forma fantástica, sugestiva e dúbia. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (2001, p. 64), na escola, a prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:

·        Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada;
·        Estimular o desejo de outras leituras;
·        Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;
·        Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido;
·        Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura;
·        Aproximar o leitor dos textos e os torna familiares – condição para a leitura fluente e para a produção de textos;
·        Possibilitar produções orais, escrita e em outras linguagens;
·        Informar como escreve e sugerir sobre o que escrever;
·        Ensinar a estudar.

Assim, a leitura como a prática social faz a diferença para aquele que domina tornando-o distinto culturalmente e socialmente. Além da leitura como informação e, conseqüentemente, como fonte de acesso ao conhecimento e ao poder, o mais importante é a capacidade de aliar isso ao prazer e entretenimento, pois é de se produzir por essa linha de pensamento que, a contra senso, o prazer na prática da leitura levará automaticamente o leitor ao conhecimento.

         
3.3      O ENFOQUE DA LEITURA EM DIFERENTES TIPOS DE TEXTOS

     As várias modalidades de textos literários contribuem na formação do leitor / produtores de textos, sujeitos que se envolverão e se emocionarão diante dos vários tipos de textos que lhe são apresentados no dia-a-dia da sala de aula, portadores de mensagens, capazes de desenvolver a percepção crítica da realidade social. Inclusive esta é uma das condições que tem importante relação com todo o processo de construção do conhecimento.
O não desenvolvimento de bons leitores limita as possibilidades de leitura do mundo, da compreensão da realidade social e da intervenção do sujeito buscando a transformação da sociedade. No intuito de desenvolver, desde a mais terna idade, o hábito e o prazer da leitura, desde as séries inicias devemos oferecer oportunidades de leituras variadas, leitura não apenas de textos escritos, mais a própria leitura e a interpretação do mundo em que a criança está inserida e do qual faz parte como ator social.
O acesso de diferentes tipos de textos mesmo bem antes da alfabetização permitirá desenvolver tais capacidades, além de apresentar a criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura, enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização. Isso porque constatamos que “as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita muito antes do que se suponha” (MEC / SEF, 1988, Vol. 3, p. 123).
O trabalho com textos informativos, encontrados, por exemplo, em jornais, revistas, internet e enciclopédia permitem a formação do hábito de ler para estudar, para buscar informações, competência essencial por toda vida. As crianças percebem a diferença entre esse tipo de texto e os textos d3e ficção, pois passam a perceber a realidade imediata impressa nos artigos de jornais e revistas, que comparam com as conversas que ouvem aquilo vêem na rua e o que assistem na televisão. Ao trazer esses textos a análise das crianças, vão  surgindo acaloradas discussões, onde as crianças põem em jogo aquilo que sabem sobre o tópico tratado, trocam opiniões, debatem e assim aprendem a negociar, a expressar verbalmente suas idéias, a rever seus conceitos.
Embora já tenha sido alvo de preconceitos por partes dos adultos, os gibis hoje são aceitos para entretenimento das crianças. Contudo, os gibis carregam grandes possibilidades de trabalho com texto, pois têm uma linguagem própria, aliando recursos de imagem e texto, apresentando histórias com textos curtos e sendo muito atraentes as crianças. Porque começam a perceber as letras e como elas formam palavras e aventuras se pelas primeiras leituras, oferece a vantagem adicional de serem escritos, como letras maiúsculas, aquelas que eles começam identificar primeiro. É imprescindível contar também com gibis na biblioteca familiar e na escola. As parlendas e as cantigas tradicionais: hoje é domingo, pede cachimbo... Desde muito pequenas as crianças adoram as cantigas, quadrinhas e parlendas, e demonstram muita facilidade em memorizá-las, passando a cantá-las ou declamá-las, em vários momentos. Alem de serem textos ricos por trazerem consigo a cultura do nosso país, suas regiões e momentos históricos em que foram criados e por terem sido transmitidas geração após geração como um tesouro cultural, esses textos são privilegiados para promover a aquisição de vocabulário nas séries inicias, permitem a correspondência entre a escrita e sua leitura, pois serem familiares as crianças ajuda-nas a não se preocuparem com o conteúdo (que já é conhecido) e focalizar sua atenção a forma da escrita.
Percebe-se, que com essa concepção, a leitura não pode estar associada somente ao livro de leitura, e muito menos ao livro didático, que tradicionalmente transmite um conhecimento fragmentado, alienado e alheio a realidade dos alunos, mas também a textos cotidianos, como os conhecidos “gibis”, que estabelecem uma estreita ligação como leitor através do repertorio comum de uma linguagem coloquial. Outros textos, prazerosa e natural, além de levá-los a refletir sobre as intenções subjacentes de cada palavra.  
 
4          PORQUE A LEITURA É IMPORTANTE NA FORMAÇÃO DO LEITOR

Porque desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe tornem mais útil a vida em que lhe possam torna mais feliz. A criação de mecanismo que possibilitassem a disseminação do seu conhecimento tornava-se um imperativo de saber! Poder, que ensejava respeito e admiração pelos companheiros.
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, um estágio mais avançado das civilizações, que detonavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser. É nesse contexto que surge a leitura e a escrita como instrumentos importantes e imanentes a própria civilização.
A criação dessa disponibilidade, que chamamos escrita e leitura, criam outras disponibilidades, pois ela é básica, dela provém as demais. Através da leitura e da escrita o homem consegue estreitar os laços de afetividade com seus semelhantes, harmonizar os interesses e resolver conflitos.
Mas voltando-nos ao campo do conhecimento, o mito poético que sempre embalou o imaginário e a fantasia do ser, levando-o a busca da informação, do saber humano, e do seu prazer.
Com o desenvolvimento da linguagem a força das mensagens aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível a sua própria existência.
Na busca do conhecimento, percebe-se que quanto mais cedo incia-se a leitura e a escrita, mais cedo germinara bons resultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de evolução e formação do ser, deve lhe despertar para este mundo, o mundo da leitura e da escrita.
A imaginação é imperiosa para a construção do conhecimento, e conhecimento também é arte daí, a importância de trabalhar com a leitura para enriquecer essa imaginação da criança, oferecendo-lhe condições de liberação saudável, ensinando-lhe a liberar-se no plano metafísico, pelo espírito, levando-a a usar o raciocínio e a cultivar a liberdade e o hábito de desenvolver a lecto-escrita. A partir daí, a escola vai sustentar seu trabalho em objetivos mais ambiciosos; oferecendo-lhe atividades de leitura e escrita, que venham tão somente ao gosto, mas aguçar-lhe a curiosidade da atividade na formação da leitura , representado a realidade de forma cada vez mais abrangente e profunda.
Para o desenvolvimento do processo de formação da lecto-escrita, o trabalho com a leitura, oferece ao aluno, condições de ampliar seu universo d língua escrita com meios eficientes: a natureza do material de leitura e escrita e a complexidade das formas de abordá-los. A ampliação do processo vai atingir, além do material escolhido, as atividades sugeridas.
O estudo da literatura transforma-se em um pacto entre o professor e alunos em que ambos dividem responsabilidades e méritos. Este alinhamento do aluno em toda a dinâmica do processo literário concretiza-se na medida do prazer que o trabalho provoca.
A literatura é um bem cultural da humanidade e deve estar disponível para qualquer cidadão, pois a leitura do texto literário é fonte de prazer e precisa, portanto, ser considerada como meio para garantir o direito de lazer das crianças e dos adolescentes.
Hoje, sabe-se que a infância constitui uma fase especial de evolução e formação, com as suas implicações específicas e suas complexidades, em nada comparável com o adulto. E todas as potencialidades da criança devem ser cuidadosamente cultivadas, com seriedade e amor, conforme Vasconcelos (1985, p. 18) coloca que: “O conto infantil é uma chave mágica que abre as portas da inteligência e da sensibilidade da criança, para sua formação integral”.
  
4.1    O PAPEL DA ESCOLA EM RELAÇÃO À LEITURA

Ao entrar no mundo, a criança começa seu contato com a língua oral. Mesmo não conhecendo ainda a escrita convencional, através de pontos referenciais, a criança passa a se familiarizar-se com código lingüístico no qual vive mergulhado. É fundamental que a escola propicie o convívio da criança com farto como forma de provar a sede, mesmo por meios indiretos suscitar um apelo interior para o alimento desejado.
As profundas transformações ocorridas no âmbito social e econômico fizeram com que surgisse uma nova organização familiar e educacional, na qual a criança passou a ocupar um espaço privilegiado. A escola há que está atenta para a formação de leitores, pois a linguagem é um elemento básico da cultura, e é a precondição de qualquer realização humana.
A escola como espaço socializador do conhecimento, fica com a tarefa primordial de assegurar aos seus alunos o aprendizado da leitura, fazendo circular seu meio uma diversidade de materiais, com conteúdos ricos e variados, que promovam a formação de leitores livres. Concebendo assim, a prática da leitura, como um processo de descoberta e de atribuições de sentidos, que venha possibilitar a interação do leitor com o mundo. Conforme FREIRE (1996): “(...) O ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita (...) A leitura do mundo procede a leitura da palavra”. Por esta perspectiva é oportuno reforça que o professor deve selecionar  diferentes tipos de textos  literários que projetem a vida no real e no imaginário do aluno leitor. É através do mesmo a escola permitirá aos leitores vislumbrar uma sociedade com possibilidades concretas de liberta o aluno das ideologias de dominação, do subjugo, da exploração, da expropriação.
A escola não é a iniciadora do processo de aquisição da leitura, mais inegavelmente, é ela a sistematizadora do processo e coloca a criança em contato com o texto escrito, formalmente.
A cerca dessas considerações Ferreio e Teberosk (1987, p. 125), ressaltam que:
“O grupo escolar é uma das poucas oportunidades (se não única) de convivência de crianças da mesma idade. (...) Quer dizer, trata-se de um bom lugar para praticar a socialização, em seu sentido amplo. Esta situação privilegiada pode ser aproveitada para que as crianças compartilhem entre si o processo de compreensão da escrita, através de seus intercâmbios”.
Nota-se que não a formulas prontas para a aquisição da leitura. Entretanto, uma prática pedagógica que seja, por excelência lúdica traz resultados positivos insustentáveis. Diante disso Negrine (1994: p. 20), afirma que: “Quando uma criança chega escola traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”.
A formação do leitor de literatura não pode ser idêntica ao do leitor genérico ou pragmático. A leitura em si implica o reconhecimento de um sentido, operando pelo deciframento dos signos que foram codificados. Os sentidos não se esgotam no plano meramente conceitual, a fruição plena do texto literário se da na concretização estética das significações.
Como os sentidos literários são múltiplos, o ensino não pode destacar um conjunto deles como meta a ser alcançada pelos alunos. Antes de formalizar o estudo dos textos por essas vias, é preciso vivenciar muitas obras para que esta venha a preencher os esquemas conceitos.
Quando o professor realiza o trabalho com literatura em sala de aula a partir das expectativas dos estudantes significa que ele está atento aos interesses dos mesmos.
O papel fundamental da escola, trabalhar com a leitura, tem a finalidade a formação de leitores; o qual é um processo de trabalho ativo, de construção do significado de textos, é uma atividade que implica a compreensão, no qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita.
Para os PCN’s, forma um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos lidos.
Se a escola pretende converter a leitura em objeto de aprendizagem na formação de leitores é preciso trabalhar com a diversidade de texto, trabalhar com a diversidade e modalidades que caracterizaram a leitura, ou seja, os diferentes “para quê” que informa-se, divertir-se, estudar e escrever o próprio texto, com diferentes formas de leitura em função de diferentes objetos e gêneros.
Para tornar os alunos bons leitores, para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura, a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler requer esforço. Precisará fazê-los achar que a leitura é algo interessante e desafiador, que conquistado plenamente, dará autonomia e independência. E preciso torná-los confiantes, dando para eles condições para poderem se desafiar a “aprender fazendo”, “criando e recriando”, utilizando uma prática de leitura eficiente que desperte o interesse e o desejo de ler.
Portanto formar leitores requer algumas condições favoráveis para a prática de leitura:
·      Dispor de uma boa biblioteca na escola;
·      Dispor, nos ciclos iniciais, de um acervo de classe com livros da literatura infantil e outros materiais de leitura;
·      Organizar momentos de leituras livres em que o professor também leia, mostrando a participação no ato de leitura e valor fundamental de ver seu professor envolvido com a leitura e com conquista por meio dela;
·      Planejar as atividades diárias garantindo que as leituras tenham a mesma importância que as demais;
·      Possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras. Fora da escola, o autor, a obra ou o gênero são decisões do leitor. Tanto quanto for possível, é necessário que isso se preserve.
No atual contexto social faz-se com que os professores estejam comprometidos com a leitura infantil-juvenil, que também tenham ou adotem o salutar hábito da leitura, pois, é lendo que nos tornamos leitores. Então que leiam por prazer, para o desenvolvimento reflexo e critico, capacitando o aluno a reconhecer os valores subjacentes  nas relações sociais, culturais, políticas e econômicas da sociedade, descritas, muito provavelmente, nas entrelinhas da maioria dos bons livros infanto-juvenis.
Necessário também é a existência de que a leitura infantil é um objeto de lazer e compreensão do mundo que, respeitados os interesses e crença do leitor, propicia prazer, emociona, alegra, engaja o ser por inteiro na leitura e se transforma em atividade lúdica e cognitiva. Portanto, não é de pensar em leitura como instrumentos de transmissão de normas lingüísticas ou comportamentais. Ela poderá oferecer vasto horizonte a criatividade e fantasia, levar o leitor ao âmago de suas emoções.          

4.2    DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DA LEITURA

As dificuldades na aprendizagem da leitura é um ponto que atingir principalmente as crianças de baixa renda. Devido falta de incentivo, as más condições de vida, as relações sociais, políticas e econômicas, que também contribuem para esse insucesso escolar.
              Isso significa que os educadores necessitam de um apoio didático, qualificação pedagógica, ajuda familiar, e de certa forma colaboração dos próprios alunos, qualquer escola precisa ser organizada sempre em função de melhor possibilidade de ensino a ser permanentemente questionada para que seus próprios conflitos não resolvidos, não apareçam nas salas de aula sob a forma de distrações do próprio ensino. Por isso o prazer de ensinar do docente e a motivação do aluno dependem de uma forte estrutura familiar e escolar.
Pois os alunos atualmente vivem pressionados por novos modelos em seu contexto cultural, social e econômico, por causa disso que o aluno deverá ser bem alfabetizado para não ter dificuldades nas séries seguintes, quando isso não acontece o aluno não progride, e se desmotiva, não conseguindo de forma alguma o tal resultado das séries posteriores.  
Por tanto não se convém aplicações de provas e avaliações, quando aluno está na fase de aprendizagem, esse processo coloca o aluno sob pressão, induzindo-o ao fracasso no seu desempenho escolar.
Sabendo que o fracasso escolar, aparece hoje entre os problemas do sistema educacional, mais discutido no Brasil. Porém, o que ocorre muitas vezes é a busca pelos culpados de tal fracasso e, a partir daí, vão passando a bola. Tem momento que o culpado é a criança, no outro é educador, a sociedade, a economia, ou a política, mas nunca encontra definitivamente o culpado pelo o fracasso da aprendizagem.
              “O fracasso escolar é uma resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola, e que essa questão pode ser analisada e estudada por diferentes perspectivas: a da sociedade, a da escola e a do aluno.” (Telma Weis, 2001, p. 20).
A sociedade estabeleceu suas metas, prioridades, e criou seus mitos. A cultura escolar brasileira é elitista, herança do tempo do império, e da visão estratégica por parte do governo. A gestão pública não cumpre com sua parte; seja a municipal, a estadual ou a federal e, a sociedade tende a confundir aparência com essência.
Existe a procura por uma escola de qualidade, onde entram e aprende, mas o mito é que a escola boa é aquela que puxa nas atividades  e “reprova”. Nessa escola adquirir informação é mais importante do constituir sentidos. 
A escola pública foi programada para o aluno que pertencia a uma família escolarizada, hoje, termos todos os tipos de aluno e a escola entrou em crise. A escola foi desempenhada para quem já sabe não para quem precisa aprender e, como atingir esse patamar? Atingindo seus aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais e pedagógicos? Não atingi-los é ser fracassado?
Qualquer escola precisa ser organizada sempre em função da melhor possibilidade de ensino e ser permanente questionada para seus próprios conflitos, não resolvidos, não apareçam na sala de aula, sob a forma de distorções do próprio ensino. (Telma Weis, 2001, p. 25)
A sociedade e a escola, não conseguiram atingir as perspectivas de uma aprendizagem e com isso: “A causa do fracasso passa, assim a ser situada na própria criança que de vitima se transforma em réu. Dizemos vitima porque, segundo esse ponto de vista, educacional perverso, que não lhe oferece as condições necessárias para que se apropriem do conhecimento dito formal, cientifico ou padronizado (ou seja, o conhecimento que a escola objetiva transmitir”. (Costa, 2003, p. 38).
Então é preciso diferenciar fracasso escolar, problema de aprendizagem e deficiência mental. O problema de aprendizagem pode ser um sintoma de outros conflitos ou ainda uma inibição cognitiva, e a deficiência mental tem incidência pequena na população. Portanto, o importante não é quantificar ou classificar os fracassos, mais sim como se aprende, para que se aprende:

“O aprendizado é, portanto, um aspecto indispensável na formação e no desenvolvimento dos traços típicos de um ser humano, já que as conquistas individuais (informações, valores, habilidades, atitudes, posturas), resultam de um processo compartilhado com pessoas e outros elementos de sua cultura”. (Lev Vygotsk, 1989, p. 160.

Desse modo, o desenvolvimento de cada ser humano dependera das inúmeras influencias culturais, das aprendizagens e das experiências educativas, inclusive as realizadas na escola.
É preciso forma indivíduos confiantes, críticos, autônomos e reflexivos, que estabeleçam uma relação democrática, que entendam que o erro é uma hipótese de conhecimento e, portanto, um caminho necessário para aprender.
É necessário uma mudança na própria instituição escolar? O educador tem que está comprometido com os alunos na condição de sujeito, comprometido com alteração da lógica social, porque o grande problema é que esta lógica seletiva social dá respaldo para a lógica seletiva no interior da escola. A avaliação do aluno servira para localizar as dificuldades no fracasso escolar. Só que isso. Na pratica não vem acontecendo, o professor acaba usando a avaliação como uma forma de controle, de poder, como forma para cobrança em sala de aula ou então serve para dizer se está apto ou não, o problema é que termina ai. A finalidade da avaliação é promover o desenvolvimento, favorecendo a aprendizagem.
O crescente desenvolvimento tecnológico tem nos colocado cada vez mais na busca do sucesso pessoal e profissional, onde tem nos tirado a sensibilidade para pequenos gestos que objetivamos redescobrir.
Os fatores internos e externos interferem no habito de ler, os mesmo estão relacionados com problemas existenciais, que às vezes acabam prejudicando o desempenho da criança em vários aspectos.

4.3    A QUESTÃO DA LEITURA NOS DIAS ATUAIS  

Saber ler e escrever  nos dias atuais requer não apenas que domine a tecnologia como a internet , mais também que saibam fazer uso dela incorparando ao seu viver, transformando-se assim seu ritmo de aprendizagem nesse processo evolutivo que atribuiu na sociedade.
Além das diferenças entre ler e escrever é preciso ainda considerar que cada uma dessas atividades engloba um conjunto de habildades e conhecimentos muito diferentes.
Assim ler, sob perpectativa de sua dimenção individual, tanto  linguisticos como psicológicos, entedendo-se desde que habilidade de decodificar palavras escritas, até a capacidade de compreender textos escritos é um processo de costrução por onde o aluno deverá  percorrer .
Além dessa variade de habilidade de conhecimentos necessarios á leitura, é preciso acresentar que elas são aplicadas de formas diferenciadas a uma enorme diversidade de materiais escitos: literaturas, manuais didaticos, textos tecnicos, jornais, revistas, anúncios, cartas formais e informais, cardápios, aviso, receitas e outros.
Sendo assim, o individuo se insere na sociedade letrada. A leitura é mais que isso, ela envolve o dominio de um conjunto de praticas culturais que procedem também, uma compreenção do mundo diferente daquele que não tem acesso a leitura.
 A leitura tem um papel tão importante na sociedade, que podemos dizer que ela criou novas identidades, forma de inserção social, maneiras de pensar e agir. No entanto, é preciso lembrar que o dominio da leitura envolve uma série de habilidade complexas que precisam ser desenvolvidas progessivamente. Muitas crianças desenvovem fora da escola, mais a maioria precisa da escola para realizar essa tarefa.
Porque ler e reler o mundo para transforma-lo, constitui uma nessecidade, e um desafio permanente nessa sociedade contemporânia . Portanto, a leitura está vincuolada a capacidade de ultilizá-la como instrumento de comunicação em diferentes materiais escritos .
Berti (1993, p. 108), acredita que:“Para ler,  não é necessário decificar a ortografia, embora a leitura leve o progessos na escrita  ortagráfica. É possivel ler bem ainda que não se consiga escrever, compreender as palavras, porque as estratégias visadas na leitura estão muito além da identificação de letras ou palavras”. No entanto para despertar o interesse dos alunos  pela leitura, no mundo atual, muita coisa pode ser feita pela família e pela escola.
A questão do interesse pela leitura tem haver com o ambiente sócio cultural e com as emoções do sujeito que aprende.É preciso que a leitura  faça parte do mundo do sujeito de forma desejavel . Para que possa sentir interesse e passe a apreciá-la cada vez mais,é preciso dar-lhe  motivos que o estimule e que o faça sentir necessidade de ler. Porque hoje o meio mais utilizado pelos os alunos é o computador,onde eles adiquire várias informações que pode ser utilizada como estrumento de leitura. 
O ato de ler é tão importante que incentivá-lo é compromisso que deve ser assumido não só pela escola e familia, mas também pela sociedade, ajudando-as desvendar o significado e tornar-se um bom leitor, para isso é preciso ouvir com atenção o que as crianças dizem e contam, os fatos que as impressionam, seus desejos e sonhos, as histórias que inventam, suas opiniões sobre o que vêem, ouvem e lêem.
O processo que a criança percorre para compreender a leitura, envolve uma série de experiência  como materiais diversificados e atividades capazes de sensibilizá-las para agir. Em nosso mundo,a leitura está por toda parte, repleta de estímulos das mais variadas fontes.O ato de ler é uma ação que o indivíduo prática por esporte ou necessidade.
Comforme Teixeira de Aguiar (1988,p.26): “Quando o leitor se identifica com o que é proposto para sua leitura,ele se sente motivado para a mesma. O ato de ler se configura preferencialmente,como atendimento aos interesses do leitor,desencadeia o processo de identificação do sujeito com os elementos da realidade representada, motivando o prazer da leitura” . Por causa disso que o Programa de gestão escolar (PGE) onde o mesmo oferece instrumentos que favorece o enriquecimento da leitura em todas as turmas do Ensino Fundamental, onde são trabalhadas metodologias renovadas em prol do conhecimento e integração do aluno na sociedade.

 5  ANÁLISES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM RELAÇÃO AO USO DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS

Para entendimento desse trabalho, foram feitos questionários e observação na escola Municipal Maria Pessoa Sales localizada no Loteamento de Sales – na  cidade de Santo Antonio de Jesus , nos turnos matutino e vespertino, afim de coletar dados e conhecer como se dá o processo de leitura trabalhada com os alunos da referida escola.
Diante das respostas dos questionamentos realizados pelos professores, foi possível entender que leitura deve acontecer com base no lúdico, ou seja, a partir de atividades prazerosas como: músicas, parlendas, poesias, poemas, textos informativos e voltados para a atualidade, com auxílio de pesquisas, e recursos oferecidos pela escola, trazidos e inventados pelos professores, com a contribuição do programa de Gestão Escolar (PGE), onde o mesmo oferece instrumentos que favorece o enriquecimento da leitura em todas as turmas da referida escola.
Além dos questionamentos realizados, houve entrevistas, coleta de dados, pesquisas na internet em sites educacionais revistas, livros de autores como Paulo Freire, Emilia Ferreiro, Souza, Marisa Lajolo, Lener, Solé e Moacir Gadotti e outros. E dessa forma, identificar a ação dos professores através de algumas metodologias utilizadas para desenvolvimento da leitura. Isso mostra que a prática pedagógica da escola prioriza a linguagem enquanto instrumento de transformação, e a leitura é o grande norte para a formação do homem como um ser global, participativo, social, um cidadão inserido na civilização moderna com o perfeito domínio dos símbolos da comunicação humana.
Por tanto, o presente trabalho foi muito interessante, pois foi possível realizar valiosas leituras podendo implementar conhecimentos através do questionamento e a observação constatando  o desempenho de cada profissional dessa escola em prol ao crescimento do aprendizado de todo alunado.

6      CONSIDAROÇÕES FINAIS

A leitura proporciona ao individuo a oportunidade de expandir os horizontes pessoais, culturais e profissionais, constituem-se num eficiente meio para o exercício das atividades lúdicas e pragmáticas. Desta forma, afirma que a leitura assume verdadeiras funções na vida social moderna.
Pela variedade de  textos, o leitor não pode ter um comportamento único diante das leituras. Desta maneira, as reações variam conforme o objetivo, o contexto ou situação, o tipo e a função do texto, além de outros fatores intervenientes, não existindo, portanto, uma única forma de ler.
O mundo social é uma troca permanente entre o leitor e a leitura. Nossa cultura nos transfere conhecimentos sobre a realidade de forma de pensá-la. Aprender a ler o mundo é apropriar-se desses valores de cada cultura. É, também, submetê-las a um processo permanente de questionamento, do qual participa da nossa capacidade de dúvidas, de reflexão e de avaliação.
Mesmo que seja para a criança discordar. Mesmo que seja para amanhã o adolescente contestar, parodiar, inventar uma nova literatura. Só não vale desprezar sem conhecer.
Acredita-se que a obrigatoriedade da leitura não é que a torna irrelevante ou desinteressante. O que faz mal é não ter orientação de como aquilo que é difícil pode ser aprendido, de como aquilo que custa esforço, pode ser compensador, de como aquilo que não fazia sentido pode ser altamente significativo.
Para se aprender a fazer boa leitura não é preciso instituição, uma maior convivência íntima e prolongada com os textos variados, libertando a emoção de uma forma única, colocando a sua realidade na história dos livros.
Ler é construir e não reconstruir sentidos. Ler é fazer emergir a biblioteca vivida à memória de leituras anteriores e de dados culturais, favorecendo a leitura comparativa, o contato com outros livros, proporcionando, assim, o diálogo e a intertextualidade na prática da leitura.
Para compreender um texto é preciso que o sujeito leitor tenha condições fundamentais: domínio da linguagem usada pelos interlocutores, conhecimentos relevantes partilhados e cooperação mutúa para que sejam criados espaços de significados.
Essas são condições mínimas para que o texto passe a fazer sentido para que o leitor / ouvinte com suas múltiplas possibilidades interpretativa. É essencial, portanto esse resgate da leitura, principalmente da leitura interdisciplinar, para que os alunos tenham a capacidade de entender o que leram, ouviram, sabendo muitas vezes identificar elementos implícitos, que já estão escritos, estabelecer relações entre textos que leram e outros já lidos ou até mesmo com sua própria vida e que conseguiram justificar e avaliar a sua leitura. Tem intimidade com as palavras entendê-las e fazer com elas o que se quiser é o sentido maior da leitura. 
Conclui-se que o aluno do ensino fundamental é portador de todo um saber adquirido em sua participação na sociedade e que possui uma leitura interdisplinar de mundo. Por isso, as dificuldades do aluno na aprendizagem da leitura  não devem constituir-se em barreiras ao ensino, o que às vezes pode manifestar-se de forma peculiar, por bloqueio, medo, vergonha e outros fatores ligados as condições de vida. Cabe ao professor quebrar essa barreira não reproduzindo na sala de aula a submissão da relação autoritária.  


7   RFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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